É natural compararmos gerações. Fica evidente o quanto as crianças e os adolescentes eram mais ativos fisicamente anos atrás. Os tempos mudaram e estamos inundados em facilidades que fazem parte do mundo moderno. Até o próprio período que compreendia a adolescência (de 10 a 19 anos), parece estar mudando.
Pesquisadores australianos já defendem a tese de que a adolescência pode compreender o período de 10 a 24 anos, por fatores associados ao final do desenvolvimento cerebral e ao estilo de vida atual, que prolonga ou adianta as etapas da vida. Um exemplo disso seria o fato de as meninas passarem a menstruar mais cedo, ou os jovens casarem-se mais tarde e, em meio a isso, uma saúde precária marcando presença e determinando o estilo de vida.
Mas de quem é a culpa?
Tudo leva a crer que a gestação é o ponto de partida.
O hábito alimentar unido a um físico ativo influencia no desenvolvimento do feto e no peso do bebê ao nascimento. Quanto maior for o peso do bebê ao nascer, maiores serão as chances de ocorrência de riscos cardíacos, obesidade, triglicérides, diabetes e outras síndromes metabólicas, na fase da adolescência.
Este cenário se agrava ainda mais quando fatores sociais e ambientais não favorecem uma vida saudável. Por isso, o exemplo deve começar dentro de casa, com a família, e deve se estender para os professores da escola, para os amigos e até para as campanhas governamentais.
E mesmo que caiamos na tentação de culpar os adolescentes única e exclusivamente por suas más escolhas em prol da saúde, é importante reforçar algo.
Um estudo americano publicado em 2011 mostrou em imagem por ressonância magnética a atividade cerebral dos adolescentes. Descobriu-se que o córtex frontal – região do cérebro responsável pelas tomadas de decisões e processamento de informações – continua seu desenvolvimento até os 24 anos de idade aproximadamente.
Vinte e cinco anos e o cérebro ainda está se desenvolvendo? Isso explicaria tantas atitudes erradas em nossa longa jornada da vida, não é?
Por isso, vários fatores poderiam ser a resposta para o título desta abordagem.
A saúde deve ter pressa de chegar até seus filhos e isso vai depender basicamente de você.
Bem se vê crianças de 10 anos com osteoporose e diabetes. Doenças da idade avançada? Não mais, simplesmente fruto da pouca atividade física e da alimentação inadequada.
Portanto, incentive seus filhos a se mexer, dê a eles recursos e motivos para levar uma vida saudável. Quanto mais ativos, menos obesidade e maior será a estatura e o crescimento ósseo deste jovem. Isso porque através da estrutura óssea das crianças em crescimento circulam minerais essenciais provenientes da contração muscular – ou seja, do exercício físico.
E não se esqueça da alimentação, que é outro fator importante para a saúde de seus filhos.
Inúmeros estudos comprovam que a prática regular de qualquer atividade física, seja moderada ou intensa, unida à alimentação a base de laticínios, vitamina D e cálcio, resultam em melhoras expressivas na massa óssea e na altura dos jovens.
Está na hora de você repensar em como poderá ajudar o seu filho a ter uma vida com saúde no presente e no futuro. E repense começando pelo exemplo que você mesmo dá.
Aproveite cada momento extra para se mexerem juntos, com os amiguinhos de forma lúdica ou não, com esportes individuais ou coletivos. Isso o ajudará muito fisicamente, psiquicamente e socialmente.
Seja o melhor exemplo que seu filho pode ter.
Beijos no coração.
Lu Oliveira.
“Tudo que fizer, faça com amor.”